domingo, 18 de outubro de 2009

Lamento de Minolta


"Fujo da repetição de determinado refrão.

Daquele refrão que chega a pesar nas costas

E a trilhar os labirintos da memória.


Fujo mas parece que quanto mais rápido meu ‘eu’ corre

Mais onipresente o refrão se torna.


Quando vi, meus lapsos já eram acompanhados de uma nuance sonora.

Minhas paisagens multicoloridas e opacas vinham agora como um zunido no ouvido.


Não foi a minha melodia que me alcançou,

Foi um acorde solto -

O mesmo que acompanhava meu espírito


Com o zunido ... a tua perseguição

O nosso enquadramento,

as pegadas em par

a areia nos chinelos


Do acorde...

A fuga da composição

E o dedilhar

Junto ao meu deslize


Com o peso nas costas e os labirintos sinalizados

O par é único e intercala o atalho com o desvio.

Lá, vejo meus pés agora descalços.

Sentindo falta da areia dos seus".




Imagem: Site Olhares

6 comentários:

Junior Pereira disse...

Olá

First Coment.

Eu tbm fujo da repetição da vida mais ou menos, da vida sem arriscar. De repetições de erro e coisas do tipo. Se não fosse o amanhã diferente do hoje, do que seria a vida?

nick mendes disse...

dando uma passadinha. legal, gostei dos versos. parabéns.
abraços.

Vanessa disse...

bonito poema, aborda um assunto interessante, o da repetição. Curti ^^

Losterh disse...

Volta pra cama,
Volta pra casa,
Volta pro trabalho.
Volta pros amigos.
Volta, volta.

Volta, porque a razão não existe.
Só a falta, a saudade e a lembrança.

Anônimo disse...

absurdamente lindo.

guarda esse num lugar especial. publica. sei lá. mas não esqueça-o.

Pauline Machado disse...

Gente do céu, Lisíssima!!! Que lindas palavras!!! Eu sei que tem um propósito pessoal, mas posso, tranquilamente fazer delas, minhas, para aquela minha loucura de amor!

Lindo, lindo, lindo, lindo!

É por essas e outras que eu te adoro, amiga!

Continue nos dando esse prazer de te ler, ler e ler, sempre!

Beijos, Lin, Lindona...kkkkkk