"Por alguns instantes até esqueci como chegar.
È, já faz um tempo.
Mas, como escrevi: 'dezembro sempre me proporciona uma leveza estranha',
e, me vi voltar às tais linhas.
E; antes de voltar, fui ali.
Ali, vi a indefesa de um sorriso,
Os olhos apertados de euforia,
Passos tão macios e meus.
Parei ao me ver de costas pro mar cinza.
Parei diante de mim exatamente assim, como descrevi acima.
Ah, quase esqueço de citar os cabelos esvoaçantes e a direção dos meus olhos;
Que olhavam além, sobre e profundo.
Meses depois parei diante de mar, mesquinhamente, semelhante.
Céu e a quantidade de pegadas eram outros.
Foi um contraste tão intenso – de cenário, olhos
e pegadas – que já nem sei mais o que era, superficialmente, similar.
No primeiro, os cabelos em várias direções camuflavam um sorriso incontido,
contornavam lábios abertos e acompanhavam dedos dados.
Os pés sentiam a areia fria e, deliciosamente, grudenta.
Neste dia, lembro que vi a areia em outro chinelo.
Já, há pouco tempo, enfim, parei em frente ao mar.
Parei e me deixei.
O cinza também estava, despudoradamente, insistente.
Estava até parecido.
Mas, faltavam certas coisas...
Aquele vento.
O sorriso escondido e incontido.
A areia grudenta e fria.
...e Outros dedos".
Um comentário:
Deliberadamente fantástico.
Esse vc foi ó... DEMAIS!
Parabéns senhorita amaranta!
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