quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

(A pedidos) Minolta em......Sobre um novembro


"Por alguns instantes até esqueci como chegar.

È, já faz um tempo.

Mas, como escrevi: 'dezembro sempre me proporciona uma leveza estranha',

e, me vi voltar às tais linhas.

E; antes de voltar, fui ali.


Ali, vi a indefesa de um sorriso,

Os olhos apertados de euforia,

Passos tão macios e meus.


Parei ao me ver de costas pro mar cinza.

Parei diante de mim exatamente assim, como descrevi acima.

Ah, quase esqueço de citar os cabelos esvoaçantes e a direção dos meus olhos;

Que olhavam além, sobre e profundo.


Meses depois parei diante de mar, mesquinhamente, semelhante.

Céu e a quantidade de pegadas eram outros.

Foi um contraste tão intenso – de cenário, olhos

e pegadas – que já nem sei mais o que era, superficialmente, similar.


No primeiro, os cabelos em várias direções camuflavam um sorriso incontido,

contornavam lábios abertos e acompanhavam dedos dados.

Os pés sentiam a areia fria e, deliciosamente, grudenta.

Neste dia, lembro que vi a areia em outro chinelo.


Já, há pouco tempo, enfim, parei em frente ao mar.

Parei e me deixei.

O cinza também estava, despudoradamente, insistente.

Estava até parecido.

Mas, faltavam certas coisas...

Aquele vento.

O sorriso escondido e incontido.

A areia grudenta e fria.

...e Outros dedos".


Um comentário:

Anônimo disse...

Deliberadamente fantástico.
Esse vc foi ó... DEMAIS!
Parabéns senhorita amaranta!