Ah, que coisa, no mínimo cruel.
Horas noturnas que tornam-se apenas efêmeras e soturnas.
Os pensamentos e sentimentos não bastam.
Fujo do cheiro, mas eles me assolam.
O toque desbota e vejo uma simulação na TV.
Fujo do simulacro, mas o espelho reflete você.
Aqui, palavras no vento,
Passos no relento.
Janela que não enquadra a paisagem que eu queria estar
Este que embala não tem a arte de enlevar.
Vejo no reflexo o que já foi
Soturnamente, ele ainda existe aqui.
No simulacro fica o riso
Já no relento
Aquilo que eu, artisticamente, tento.
Imagem: Site Olhares
2 comentários:
palavras q traduzem sentimentos tao singelos, e 1 poema tao majestoso. Parabens!
Muito bonito o Poema! Parabéns
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