terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ao léu



Ah, que coisa, no mínimo cruel.

Horas noturnas que tornam-se apenas efêmeras e soturnas.

Os pensamentos e sentimentos não bastam.

Fujo do cheiro, mas eles me assolam.

O toque desbota e vejo uma simulação na TV.

Fujo do simulacro, mas o espelho reflete você.



Aqui, palavras no vento,

Passos no relento.

Janela que não enquadra a paisagem que eu queria estar

Este que embala não tem a arte de enlevar.



Vejo no reflexo o que já foi

Soturnamente, ele ainda existe aqui.

No simulacro fica o riso

Já no relento

Aquilo que eu, artisticamente, tento.



Imagem: Site Olhares


2 comentários:

cat disse...

palavras q traduzem sentimentos tao singelos, e 1 poema tao majestoso. Parabens!

Allan Borba ( tonin) disse...

Muito bonito o Poema! Parabéns