quinta-feira, 17 de julho de 2008

Distorção em PB


Tempo nublado, céu cinzento, um vento frio envolve os corpos que transitam pelos becos e rua principal. Enquanto alguns apressam seus passos, outros se sentam em cadeiras de bares e botecos.
De repente levanta-se de um estabelecimento localizado na zona central e segue até o apartamento 32.
O frio fica do lado de fora, agora o que envolve é o cheiro de tabaco que guia os pés até um quarto, precariamente, iluminado pela luz do sol.
O aroma sai do cigarro que Mr. ostenta quando olha outra parte do centro da cidade.
- Que cenário insignificante!
- Que coadjuvante insignificante!
Miss pega o que lhe pertence e sai. Vai para outro cômodo e lá descansa seu corpo por alguns minutos. Seu corpo relaxa.
De súbito surgem jornais, copos, bitucas e uma roda.
Alguns estão no círculo cantarolando e observando o infinito enquanto o mundo gira, outros estão sob as cobertas.
Ora as dimensões são multicolorisses, outras em preto e branco.
Começando em acordes atuais, os sons vão até a vanguarda alternativa, pairam sobre ‘os pingos da chuva que molham’ e se declinam na lógica inconsciente de Freud.
É um acontecimento de vida curta e sua
atmosfera fica registrada em PB.
Distorcida, perdida em alguma pasta ou disco, mas em PB.



Imagem retirada do blog Psicotopicos

2 comentários:

mijeiderir disse...

Pow muito bom o texto, é seu?
se for parabens você escreve muito bem ta de parabens mesmo!
percebique vocÊ é de Curitiba, sua cidade é muito legal, de vez em quanto eu vou ai!!


abraços

Mijei de Rir - Alegria e diversão!

rikardocomk disse...

Belíssima descrição de cenário, mas acho que houve uma quebra do texto, pois no começo parecia que seria contado um acontecimento e no fim foi só uma descrição mesmo...