sexta-feira, 4 de julho de 2008

O VAMPIRO

(...)
Como ao baralho ao jogador,

Como à carniça o parasita,
Como à garrafa o bebedor
- Maldita sejas tu, maldita!

Supliquei ao gládio veloz
Que a liberdade me alcançasse,
E ao vento, pérfido algoz,
Que a covardia me amparasse.

Ai de mim! Com mofa e desdém,
Ambos me disseram então:
"Digno não és de que ninguém
Jamais te arranque à escravidão,

Imbecil! - se de teu retiro
Te libertássemos um dia,
Teu beijo ressuscitaria
O cadáver de teu vampiro!"


Trecho do Poema de Charles Baudelaire

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigada Lih pelos elogios. Gostei do seu blog também. Voltarei mais aqui.

Abraços