segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Talvez nos próximos e apressados 365 dias


Talvez....

eu me case,

Talvez eu permaneça na esbórnia

Talvez eu fique filosofando ao beber destilados

Talvez eu comece um livro

Talvez volte para capítulos já começados.


Talvez...

Eu adormeça numa gôndola em Veneza,

Talvez pise nos paralelepípedos mal colocados de Lisboa

Talvez deite na grama nas tardes de verão

Talvez comece a beber refrigerante

Talvez aprenda a tocar violão


Talvez...

Eu aprenda a nadar,

Comece a malhar

Aprenda a cozinhar, lavar e passar.

Talvez recupere aqueles 8 quilos.

Talvez eu tenha um filho.


Talvez...

Eu tenha inúmeras intensidades passageiras

Talvez eu deixe de fazer o proibido (ah, tomara que não).

Talvez eu tenha gozos incomparáveis

E diga palavrões impublicáveis.


Talvez...

Eu tenha atitudes pensadas, chatas e equilibradas

Talvez eu aprenda a dançar

Talvez eu ainda tenha cabelos cacheados

Talvez eu pegue um bronzeado


Talvez...

Eu deixe o vento brincar na minha face e corpo

Talvez eu perca o medo de altura

Talvez eu possa acertar o passo

Talvez eu saia do traçado


Talvez...

Eu fique rica e excêntrica

Talvez eu resolva comer beringela

Talvez eu tome porre aos sábados

Talvez eu vá à missa ou a descarregos nos domingos


Talvez...

Eu perdoe pequenas coisas

Talvez eu continue no “8 ou 80”

Talvez eu me dane mais

Talvez eu foda mais


Talvez...

Eu tenha religião ou seja crente

Talvez eu seja uma boa amante

Talvez eu faça análise

Talvez eu abrace mais

Talvez toda a ‘pira’ valha a pena.


Talvez, talvez, talvez...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

(A pedidos) Minolta em......Sobre um novembro


"Por alguns instantes até esqueci como chegar.

È, já faz um tempo.

Mas, como escrevi: 'dezembro sempre me proporciona uma leveza estranha',

e, me vi voltar às tais linhas.

E; antes de voltar, fui ali.


Ali, vi a indefesa de um sorriso,

Os olhos apertados de euforia,

Passos tão macios e meus.


Parei ao me ver de costas pro mar cinza.

Parei diante de mim exatamente assim, como descrevi acima.

Ah, quase esqueço de citar os cabelos esvoaçantes e a direção dos meus olhos;

Que olhavam além, sobre e profundo.


Meses depois parei diante de mar, mesquinhamente, semelhante.

Céu e a quantidade de pegadas eram outros.

Foi um contraste tão intenso – de cenário, olhos

e pegadas – que já nem sei mais o que era, superficialmente, similar.


No primeiro, os cabelos em várias direções camuflavam um sorriso incontido,

contornavam lábios abertos e acompanhavam dedos dados.

Os pés sentiam a areia fria e, deliciosamente, grudenta.

Neste dia, lembro que vi a areia em outro chinelo.


Já, há pouco tempo, enfim, parei em frente ao mar.

Parei e me deixei.

O cinza também estava, despudoradamente, insistente.

Estava até parecido.

Mas, faltavam certas coisas...

Aquele vento.

O sorriso escondido e incontido.

A areia grudenta e fria.

...e Outros dedos".


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

citação Carlos Drummond de Andrade

(...)
Li e achei tão bonito.
Lembrou a leveza da infância,
a crença em super heróis humanos,
os aprendizados do antigo recreio,
lembrou meus outros anos!!!
...
"...as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão..."
(Carlos Drummond de Andrade)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Imagem



pano caí...
e a volúpia no espelho é dele.

- aproveita!

...se aninha
que a tua mão dorme ali.
[ali embaixo]